sábado, 1 de dezembro de 2012

eu hoje não sou a melhor pessoa para falar

   eu hoje não sou a melhor pessoa para falar como também não serei nos próximos tempos. sabes, tenho inumeros defeitos e sempre que me faço de coitadinho enumero-os todos e peço desculpas por mil e uma coisas que fiz à quinhentos mil anos atrás e digo que as adoro e a falta que elas me fazem. eu faço as pazes com mil e uma raparigas que estão presentes na minha vida, ou até mesmo com aquelas com quem não falo à meses. digo-lhes a todas que sou horrível e nem mereço a amizade delas (despertando-lhes uma certa necessidade de ter pena de mim) e que agradeço todos os momentos em que aturaram o meu mau humor. finalmente um momento de paz em todas as minhas relações. em quase todas. porque há sempre aquela cabra que me fica entalada na garganta, aquela de quem gosto, mas não estou minimamente interessado em perder a minha liberdade. mas eu vou dar atenção às outras. afinal é delas que me vou aproveitar para satisfazer as minhas necessidades fisicas e psicológicas. preciso de orgasmos e carinho. vou combinar com uma hoje, à outra digo que não posso, mas à última da hora logo vejo, o nível de hormonas aos saltos é tanto que elas nunca se importam de mudar os planos à última da hora por uns segundos de prazer. e depois, esta. só me faltava esta. é ex, é chata, é desesperada, coitada. mas não sei como, ainda não tenho a capacidade de a descartar como deveria. é como a história do gato das botas, aqueles olhos mansos, provavelmente, é pena a roçar dentro de mim. pena e hormonas. passamos bons momentos e às vezes a minha necessidade de sexo é tão grande que penso com a cabeça debaixo e não com a de cima. o ato é feito e 3, 2, 1, BAM. mil e uma coisas na minha cabeça. pena dela, desespero meu, saudades da outra, onde pôr o cremoso preservativo. eu sinto algo por ela, mas prefiro a outra. gosto da minha liberdade e sinceramente não sei o que os meus amigos acharam desta relação. é demasiado doce, e excitante. o clima entre nós é demasiado quente, mas sinceramente não sei se será do agora ou se são só as memórias do passado. ela saiu. o microondas acabou de apitar, o cigarro apagou-se, acho que vou só tomar um banho, afinal está frio e não me posso dar ao luxo de ficar com os fluxos dela no meu corpo.