eu hoje não sou a melhor pessoa para falar como também não serei nos próximos tempos. sabes, tenho inumeros defeitos e sempre que me faço de coitadinho enumero-os todos e peço desculpas por mil e uma coisas que fiz à quinhentos mil anos atrás e digo que as adoro e a falta que elas me fazem. eu faço as pazes com mil e uma raparigas que estão presentes na minha vida, ou até mesmo com aquelas com quem não falo à meses. digo-lhes a todas que sou horrível e nem mereço a amizade delas (despertando-lhes uma certa necessidade de ter pena de mim) e que agradeço todos os momentos em que aturaram o meu mau humor. finalmente um momento de paz em todas as minhas relações. em quase todas. porque há sempre aquela cabra que me fica entalada na garganta, aquela de quem gosto, mas não estou minimamente interessado em perder a minha liberdade. mas eu vou dar atenção às outras. afinal é delas que me vou aproveitar para satisfazer as minhas necessidades fisicas e psicológicas. preciso de orgasmos e carinho. vou combinar com uma hoje, à outra digo que não posso, mas à última da hora logo vejo, o nível de hormonas aos saltos é tanto que elas nunca se importam de mudar os planos à última da hora por uns segundos de prazer. e depois, esta. só me faltava esta. é ex, é chata, é desesperada, coitada. mas não sei como, ainda não tenho a capacidade de a descartar como deveria. é como a história do gato das botas, aqueles olhos mansos, provavelmente, é pena a roçar dentro de mim. pena e hormonas. passamos bons momentos e às vezes a minha necessidade de sexo é tão grande que penso com a cabeça debaixo e não com a de cima. o ato é feito e 3, 2, 1, BAM. mil e uma coisas na minha cabeça. pena dela, desespero meu, saudades da outra, onde pôr o cremoso preservativo. eu sinto algo por ela, mas prefiro a outra. gosto da minha liberdade e sinceramente não sei o que os meus amigos acharam desta relação. é demasiado doce, e excitante. o clima entre nós é demasiado quente, mas sinceramente não sei se será do agora ou se são só as memórias do passado. ela saiu. o microondas acabou de apitar, o cigarro apagou-se, acho que vou só tomar um banho, afinal está frio e não me posso dar ao luxo de ficar com os fluxos dela no meu corpo.
sábado, 1 de dezembro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
twilight
lose your dignity is not the best thing you can lose. It's like seeing yourself naked in front of five hundred people and not knowing where to hide. everyone knows his story, everyone thinks they know who you are, but in reality, not even you know who you are. thinking that people may judge you for what you have done it's like falling with gravity, and there is only one place where you can act without it. falling asleep thinking in you it's like breathing, i can do it everywhere, and i could stop it, but just for a few seconds, or i would die, like i do when i look at you.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
yesterday
quarenta e cinco dias. eram esses os dias a que ela estava sem ele.
a história do algo partido em pedaços aconteceu, mas a verdade é que só ela
ficou com eles, uma vez que o homem parecia estar tão perfeito como a primeira
vez em que ela o viu. a mágoa diminuiu, a saudade era a mesma, o sentimento era
ainda maior. o tempo passa e a vida dela é como um filme, pausado à dois anos e
meio. pode chover ou fazer sol. fazer frio ou calor. o coração dela continuará
a bater …
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
fim
Boa noite.
Eu sei que provavelmente nem te irás dar ao trabalho de ler isto, mas eu gostava que te desses a esse trabalho. Também sei que provavelmente até achaste estranho, eu me ter calado durante ‘tanto tempo’, e que provavelmente até ficaste contente com isso, mas não te vim falar para te dizer o que eu acho que tu achas. Quero só que saibas porque o fiz, mesmo que não te interesse, devo-te isso.
Eu sei que provavelmente nem te irás dar ao trabalho de ler isto, mas eu gostava que te desses a esse trabalho. Também sei que provavelmente até achaste estranho, eu me ter calado durante ‘tanto tempo’, e que provavelmente até ficaste contente com isso, mas não te vim falar para te dizer o que eu acho que tu achas. Quero só que saibas porque o fiz, mesmo que não te interesse, devo-te isso.
Eu tinha muitos motivos para me afastar, a maneira horrível
como me tratavas, as desilusões que me deste, o desprezo que me davas, as
mentiras que me dizias, o nosso passado, o desinteresse que demonstravas, e
outros que ambos sabemos, e que eu escuso de nomear. Mas sinceramente não me
afastei por nada nisso, eu caí em mim e finalmente vi que não podia continuar a
rebaixar-me, nem por ti, nem por ninguém. Nestes últimos meses eu tentei
enganar-me, dizer-te a ti e a mim mesma que a única coisa que queria era
amizade, talvez com curtes ou não, mas sem sentimentos e relações, mas é
mentira. Eu sempre quis mais. Sempre quis remediar o passado, ou começar de novo,
a mim era me indiferente, eu só te queria junto a mim, na minha cabeça eras o
homem da minha vida. E só ao estar sem ti, é que percebi isso. És tu quem eu
gosto, és tu quem eu quero, mas não é de ti que preciso. E infelizmente só
agora percebi que o mau estar que trago é todo causado por ti. E foi preciso eu
ver as coisas que disseste à minha prima para perceber o quanto errada era a
nossa ‘relação’.
Eu nunca disse que a minha prima tinha dito que não merecias
nada, ela apenas disse que tu não merecias ter-me na tua vida. Tu nunca
disseste para desistir de ti, nem nunca me disseste que não querias nada, se só
querias isso, podias-me ter dito, eu tinha-te feito a vontade. Assim como nunca
te pedi para seres querido, apenas para me tratares bem. Se me compreendias,
devias ter tido cuidado com as tuas atitudes para que eu não sofresse o que tu
sofreste. Sempre me pediste para não te comparar com ninguém, e no entanto
fizeste-me a mim, o que já te tinham feito, e que tão mal te fez. Se a nossa
amizade não dava, e se a querias, só tinhas de lutar por ela, em vez de
cruzares os braços e desistires como putos de 5anos fazem. Se não a querias,
apenas te cabia dizer ‘basta’ e ela acabava ali. E no entanto, mais uma vez,
nunca o fizeste. Mas o que mais me magoou foi quando li isto “ela as vezes
começa com as coisas que ter saudades dos meus beijos e etc.. e eu burro ainda
lhe faço o favor de dar, mas na hora quero-o fazer mas quando saio de ao pé dela
arrependo-me” porque eu a única vez que te disse que tinha ‘saudades dos teus
beijos e etc’ foi naquele papel que te dei, coisa que nunca tiveste a dignidade
de falar nele. E fazer-me o favor de me beijar? Que eu saiba, tu gostavas dos
meus beijos, tu querias os meus beijos, e não foi favor nenhum que me fizeste,
porque se bem me lembro da última vez quem te beijou fui eu, perguntei-te mil e
uma vezes se querias e tu disseste que sim, e acredita que foste o único a
arrepender-te disso, porque eu nunca me arrependi de ter estado contigo,
independentemente do sofrimento que tinha ao fazê-lo e de saber que apenas me
estavas a usar. Portanto só aqui podes ver a dignidade que tu tens quando falas
dos meus erros quando nem moral tens.
Sinto-me lixo quando leio que a única pessoa de que gostei
verdadeiramente, a pessoa que tinha obrigação de me conhecer melhor que
ninguém, o meu ex-namorado, um dos meus melhores amigos, uma pessoa que tem
sentimentos por mim e nem a ele próprio admite, tem o descaramento de dizer à
minha prima mentiras como tu disseste. Talvez na tua cabeça, sejam muito
verdade, mas na realidade não o são. E espero que um dia venhas a ter consciência
disso.
Eu fiz tudo por ti. Acreditei em ti quando mais ninguém o fez,
dei-te a mão sempre que precisaste, nunca te abandonei, estando eu mal ou não,
eu movi mundos só para te tentar arrancar um sorriso da cara mesmo que não era
a pessoa que o ia conseguir, acho que a intenção também devia importar, e tu
olhavas sempre para os outros e outras, para os erros do passado, para o que os
outros pensavam, para as aparências. Sentindo ou não algo por mim, querendo ou
não algo comigo, devias-me respeito, coisa que só no dia que li a tua conversa
com ela, é que reparei que nunca tiveste por mim.
Espero que saibas que a pessoa que um dia morreria por ti, a
pessoa que ainda hoje gosta de ti como nunca gostou de ninguém, não está lá
mais para ti. Tenho noção que ela não te faz falta, mas um dia vai fazer. Um dia
todas as amizades de agora acabam, e só as verdadeiras ficam. E as verdadeiras
de agora, nem sempre serão as verdadeiras de amanhã. E só pelo simples facto da
falta de respeito por mim e falta de sinceridade, tu perdeste uma pessoa que
estaria lá para a ti, para sempre.
Que sirva de lição, a ti e a mim, pois não o desejo a mais
ninguém, nem mesmo a ti que tanto mal me fizeste. Espero que um dia me perdoes
por todas as ofensas que te poderei ter feito, porque as tuas estão perdoadas,
apenas nunca serão esquecidas. Sê feliz.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
tornado
a mentira é sempre mais fácil de acreditar do que a verdade, digere-se melhor, ouve-se o que se quer ouvir. tu tens esse dom, de me encantar, de aos meus ouvidos dar mel e aos meus olhos ternura. seria perfeito se eu não fosse quem sou. se eu não te conhecesse-se como conheço. as pessoas a quem chamas de amigos, não fariam por ti metade do que eu fiz, e nunca estariam aí para comer metade do que eu como. e se calhar o problema é esse, sou eu. tolerância, perdão, amor. tudo o que te faço, tudo o que te dou, tudo o que um dia mereces-te, tudo o que hoje não mereces. juro que tento, com tudo o que posso, com tudo o que tenho. mas as más memórias vão se desvanecendo pelo meu corpo como areia entre os meus dedos. e no fim nada resta, só a ideia longínqua de uma dor que um dia me provocas-te. a tentativa de me afastar é em vão, e o meu único desejo é colar-me a ti, como dois gémeos siameses, como adão e eva, como o sol e a lua, como unha e carne, como paixão e ódio. nunca o meu sentimento por ti foi mais puro e no entanto tão complexo. sinto que se desaparecesse no ar, nunca perceberias que algum dia lá estive, que nunca olharias para trás a pensar que deverias ter tomado outras opções comigo, que nunca te arrependerias de algum dia não me ter amado. sinto também que hoje não és feliz. que te sentes incompleto, que te falta o núcleo fundamental da tua existência. sinto que te poderia dar isso tudo. por muito pouco que significasse para ti, para mim significaria o mundo. saber que um dia te proporcionei um sorriso, faz-me corar. que por um segundo foste meu, preenche-me o coração. que para a eternidade serás de outra, enche-me de lágrimas. saber que hoje me odeias, mata-me. contigo sorri, beijei, amei, sofri, chorei, cresci. e se um dia te abandonar a ti, a mim, aqui, faço de ti a minha melhor memória, a minha eterna memória, a minha memória perfeita.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
cristal
não escrevo, nunca escrevi. não sinto necessidade de meter palavras num papel, nunca fui ouvida por nenhum. mas quando o chão vos foge, os pilares desabam e quando o ar parece já não ser suficiente para sobreviver, eu escrevo. eu escrevo porque sinto que a única coisa que me poderá ouvir é o papel. o meu mundo de solidão nunca será recomendado a ninguém. o sentimento de desespero nunca deverá ser o sentimento do dia. o pensamento de vazio não pode constar no nosso dicionário. estes três componentes juntos causam algo que não consigo descrever, algo mágico, mas profundamente mortal. a sensação de dor faz-nos ver o quão frágil somos, e por isso deixa-nos contentes por não termos um bloco de gelo no lugar do coração, deixa-nos esperançosos. mas a ideia de abismo, sem ponta onde nos agarrar, destrói cada célula existente em nós. por vezes é o amor, o ex-namorado que te ignora e por quem ainda tens sentimentos. outras vezes são os amigos, aqueles que supostamente estavam lá para tudo incondicionalmente, e não estão. e outras vezes és tu. o sentimento de culpa e o arrependimento fazem do ser humano o animal mais quebrável de todos. as acções que tomas-te consomem-te, pensas e repensas em todos os caminhos possíveis que poderias ter tomado, e culpas-te a ti próprio por ter escolhido aquele e agora estares na merda, como nunca antes tinhas estado. eu hoje sinto-me assim, na merda, no abismo, sem nada a que me agarrar, consumida por culpa e arrependimento, quebrável, como cristal.
Subscrever:
Mensagens (Atom)